Um dos pesadelos mais temidos por qualquer clube de futebol de renome é o rebaixamento. Quando um gigante da primeira divisão se vê caindo, o impacto vai muito além das quatro linhas e atinge diretamente as finanças da instituição. A seguir, exploramos como um rebaixamento pode ser desastroso, principalmente no aspecto financeiro, para um clube de grande porte, como é o caso do Santos que foi rebaixado na noite da última quarta-feira na última rodada do Brasileirão.
No final de 2022, o Santos encerrou o ano com receitas totalizando R$ 342 milhões, sendo uma parcela substancial de R$ 145 milhões proveniente dos direitos de transmissão. Entretanto, com o rebaixamento para a Série B, projeções apontam para uma queda acentuada nesse valor. Estima-se que a receita de TV do Santos para 2024 será reduzida pela metade, atingindo aproximadamente R$ 55 milhões.
Fazendo um paralelo com o Grêmio, que foi rebaixado, voltou para a elite do futebol brasileiro, e fez um bom campeonato em 2023, o clube gaúcho vivenciou em 2022 uma queda dramática de 57% em suas receitas de TV após o rebaixamento, representando uma diminuição absoluta de R$ 118 milhões. Esse impacto é substancial e destaca a vulnerabilidade financeira que acompanha a mudança para uma liga inferior. No entanto, o Grêmio demonstrou resiliência ao enfrentar esse desafio, encontrando alternativas para compensar as perdas.
Enquanto as receitas de TV foram fortemente afetadas, o Grêmio conseguiu encontrar soluções criativas em outras áreas. O clube investiu em estratégias de marketing, buscando maximizar a visibilidade e o engajamento com os torcedores. Além disso, o Grêmio manteve um equilíbrio notável ao fortalecer a participação de sócios, demonstrando a importância de cultivar e manter uma base de torcedores comprometidos, mesmo em tempos difíceis.
O caso do Grêmio destaca a necessidade de diversificação nas fontes de receita e a importância de estratégias eficazes de marketing e envolvimento com a comunidade de torcedores para mitigar os efeitos negativos do rebaixamento.
É importante ressaltar que o Santos irá encontrar ainda mais dificuldades no caminho para voltar a elite, pois o clube antecipou R$30 de R$40 milhões de reais que seriam obtidos durante o Campeonato Paulista para quitar salários atrasados, além do clube não ter se classificado para a Copa do Brasil, que é uma das competições que mais premia no futebol brasileiro.