O Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, apresentou uma petição na Justiça dos Estados Unidos na última quinta-feira (14) buscando a anulação de suas condenações e a restituição de quase US$5 milhões pagos em multas e indenizações ao país.
A iniciativa tem como base uma decisão da Suprema Corte dos EUA, emitida em setembro de 2023, que reavaliou o conceito de suborno comercial estrangeiro. Esta decisão alinha-se à tese da defesa de José Maria Marin, defendido pelos advogados James Mitchell e Julio Barbosa.
José Maria Marin liderou a CBF de 2012 a 2015, e ficou preso durante quase 5 anos após ser condenado pela Justiça norte-americana no escândalo conhecido como Fifagate, um esquema de corrupção que envolveu dirigentes importantes da FIFA, entidade máxima do futebol.
Detido em um hotel em Zurique, Suíça, em maio de 2015, Marin permaneceu preso até novembro do mesmo ano, quando foi extraditado para os EUA. A prisão foi desdobramento de uma investigação iniciada pelo FBI em 2011.
As acusações incluíam lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude bancária, resultando em uma multa de US$1,2 milhão e teve que devolver cerca de US$3,3 milhões por prejuízos causados. Ao todo, Marin permaneceu detido na Suíça e nos EUA por 5 anos, com sua pena sendo reduzida em 2021 pela Corte Federal do Brooklyn, em Nova York, devido à sua idade avançada e aos riscos de contágio por covid-19. Ele retornou ao Brasil em abril de 2020.