No próximo sábado (1), Real Madrid e Borussia Dortmund se enfrentam pela grande final da Uefa Champions League, em Wembley. Aproveitando o potencial da competição, que movimenta todo o planeta e apresenta uma legião de fãs pelo Brasil, diferentes empresas têm apostado em ações para engajar os torcedores mesmo à distância, a partir da promoção de experiências imersivas, com artifícios tecnológicos e sensoriais, que têm sido adotadas como alternativa para aqueles que desejam viver o clima da competição mesmo longe do estádio.
Em São Paulo, uma das opções são as Watch Parties que a Heineken, uma das patrocinadoras oficiais da Champions League, promoverá no dia da final. O evento, realizado no Um Rooftop, na Zona Oeste da capital, contará com DJs, influenciadores digitais e celebridades do mundo do futebol, como os jornalistas Paulo Vinícius Coelho (PVC), Renata Fan e Daniel Braune. Além da transmissão da partida, o evento também proporcionará, aos fãs, uma imersão por meio de salas interativas específicas para cada tipo de torcedor, do supersticioso até o estatístico.
“Mesmo daqui do Brasil, a final da Champions League é uma ótima oportunidade para aquecer o comércio em determinados locais. Com todo o apelo que a competição tem, as diversas ações e experiências imersivas que estão sendo planejadas para a data são uma estratégia muito interessante do ponto de vista de vista comercial, uma vez que estimulam o consumo do público, seja na entrada ou na consumação de produtos durante o evento”, afirma Cristiano Maschio, CEO da coretech Qesh.
Outro dos eventos de destaque, pelas inovações que oferece, é a Champions League Experience Brasil. No Shopping Parque da Cidade, na Zona Sul de São Paulo, a atração contará com seis ambientes temáticos, um salão de jogos eletrônicos e bar exclusivo para os torcedores presentes. Área gamer e um setor destinado para cobranças de pênaltis com um goleiro comandado por sensor de movimentos também são outras das atrações.
A título de comparação, conforme recente pesquisa realizada pela agência Imagem Corporativa, os Merengues foram responsáveis por cerca de 23% do total de menções em redes sociais e em veículos de comunicação que citavam a Champions League, entre janeiro e março, quando ainda restavam oito times na disputa.
Nesse sentido, Sara Carsalade, co-funder e responsável pela vertical de esportes da Somos Young, empresa especializada no atendimento a sócios-torcedores, com trabalhos no Cruzeiro e no Bahia, analisa como a competição e os clubes envolvidos na decisão, aliados às ações voltadas ao público brasileiro, podem estimular novos consumidores:
“As atrações imersivas impulsionam a experiência dos torcedores, que mesmo de longe do palco da disputa podem sentir o clima da competição. Aqui no Brasil, essas atrações ampliam a identificação do público brasileiro com o torneio e, inevitavelmente, também podem resultar em maior aproximação dos fãs com os clubes finalistas, algo que as próprias equipes também podem explorar aqui e ao redor do mundo, pensando na ampliação da venda de produtos ou do número de sócios-torcedores”, pontua.
Outro evento que já virou “queridinho” dos brasileiros é a transmissão da final nos cinemas, para transformar as salas em verdadeiras arquibancadas. Esse tipo de ação se iniciou em 2011, na decisão entre Barcelona e Manchester United e também vem atingindo, inclusive, outros eventos do esporte, como as decisões do Super Bowl, da NFL e também jogos da Copa do Mundo.
“De alguns anos para cá, o marketing da Champions League mudou completamente a visibilidade da competição. Hoje, a final do torneio é um dos grandes eventos esportivos do mundo, o que influencia as marcas a promoverem ações em que os fãs possam assistir ao duelo, como a transmissão nos cinemas, por exemplo”, comenta Bruno Brum, CMO da End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.
“Isso é importante, pois aumenta o engajamento com os torcedores, que desejam ter uma experiência diferenciada com o espetáculo, mas, na maioria das vezes, não conseguem estar presentes no estádio. Portanto, essas ativações acabam sendo benéficas para todas as partes”, complementa.