O contrato entre Brax e CBF para os direitos de transmissão do Brasileiro da Série B foi rescindido para a edição de 2024, deixando a competição com seus direitos em aberto e abrindo espaço para possíveis mudanças na transmissão dos jogos.
Durante o Conselho Técnico da Série B, a CBF informou aos clubes que o contrato de TV da Série B, que pagava mais de R$200 milhões por ano, seria rescindido. Cada clube tinha direito a cerca de R$10 milhões anualmente.
A rescisão do contrato ocorreu devido a divergências comerciais entre a CBF e a Brax. A empresa entendia que o acordo envolvia um investimento significativo na Série B em troca de outras propriedades, incluindo a parte comercial de jogos da seleção brasileira e da Série A. No entanto, esses ativos nunca foram entregues pela confederação.
Com isso, a Brax concluiu que o contrato de transmissão não era viável financeiramente com a exploração dos direitos previstos. Os jogos eram repassados à Band para transmissão, em uma parceria comercial com a Brax, que agora comunica sua saída do acordo.
Na reunião da Série B, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, informou sobre a rescisão do contrato e afirmou que os direitos seriam novamente colocados à disposição para negociação no mercado.
Ednaldo também destacou o impacto da rescisão do contrato para alguns clubes da Série B que já haviam firmado contratos de direitos de TV atrelados à Liga Forte Futebol, embora esses só fossem válidos a partir de 2025. Para 2024, o Santos, considerado o time mais atrativo da Segundona, já havia vendido os direitos de seus jogos como mandante para a Globo.
Enquanto isso, a Globo já está se movimentando para acordos na Série B, tanto por meio da CBF quanto diretamente com os clubes. O Santos já está sob contrato para seus jogos como mandante, indicando a possibilidade de a emissora retomar a transmissão da competição como fazia anteriormente.
